O princípio dos trabalhos de Aude Kater é o rosto humano nas suas semelhanças e diferenças. Foram explorados vários rostos, procurando expressar desta maneira a multiplicidade e a unidade da face humana.

O que motivou este trabalho foi a fascinação frente à variação inesgotável das faces humanas, às vezes tão diferentes apesar das semelhanças. Cada uma possui sua originalidade singular e uma história comum, universal.

Daí a imensa vontade de registrar algumas dessas máscaras enigmáticas, pegá-las como matéria prima, moldá-las no gesso, gravá-las na matéria, deixá-las emergir numa nova forma… e através destes gestos seculares tentar aproximar-se do sentido que já teve a máscara na sua história.

Para a artista, esse objeto mágico abre o caminho do inconsciente, do indizível, do transcendente e nos leva ao cruzamento onde convergem os indivíduos de todos os tempos e todos os lugares. Expressa ainda a dicotomia inerente ao ser humano, o confronto entre o que gostaríamos de ser e o que somos.

As máscaras se apresentam como esculturas, peças solitárias com rostos femininos ou masculinos, algumas se agrupando e formando conjuntos em função de uma ligação intrínseca.

As técnicas utilizadas são mistas, recorrendo a papel, argila, cerâmica, gesso, cimento, alginato, resina, pigmentos, tinta acrílica e esmalte fosco.