O sujeito é o próprio agente de sua formação, porém ele não o é de imediato. Esta é uma atitude que será interiorizada a partir da mediação dos adultos-formadores com os quais ele teve contato. A qualidade desta relação educativa é que vai influenciar a relação do sujeito com seu contexto e sua capacidade de integrar os diferentes elementos da realidade. 

O formador utilizará estratégias pedagógicas como meio, prestando atenção para que não se tornem um fim em si. Essas existem para canalizar, experimentar formas de apreensão da realidade, que devem ser o objetivo mais importante no processo. Ele tem o papel de catalisador desta intencionalidade. Cada situação educativa deve funcionar como um laboratório e assim possibilitar a transferência do que foi ensinado no contexto particular às outras situações da vida. Deve-se estimular o participante a ter uma compreensão das diferentes interações do processo de aprendizagem em relação à sua vida.

Os participantes, por sua vez, deverão fazer paralelos constantes entre o que é vivido e a sua realidade, com o objetivo de poder posteriormente utilizar o que foi mobilizado de maneira autônoma.

A repetição dos processos de apoio e de acompanhamento do formador permite a interiorização deste “olhar que acompanha”, necessário para que o sujeito venha a se tornar também o seu próprio formador.